domingo, 11 de outubro de 2009

Pedidos.

À Deus peço
Paz


Aos homens peço
Amor

À ti peço
...

À ti peço fervor.

Pedro Paulo

Hábitos.

Tenho o péssimo hábito
De me jogar de cabeça em tudo o que faço.
E sempre me pego à pensar
Se realmente faço a coisa certa.

Pedro Paulo

Poços sem fundos.

Sempre que me afundo em poços sem fundo
Espero ansiosamente pela mão quente que irá me puxar de lá,
Mas sempre acabo saindo sozinho.


Pedro Paulo

Noção quantitativa.

Se te amo muito, não se preocupe.
É que quando criança cai de cabeça no chão
desde então não tenho muita noção de quantidade.

Pedro Paulo

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O Prego Amassado

É outono outra vez.
O mesmo prego torto que segura a antiga réplica de Pollock me irrita mais um ano.
A parede continua feia e descascada.
O clima continua frio e o quadro continua lá, com aquele maldito prego amassado.

É inverno.
O clima ainda é frio, porém é úmido.
A inspiração finalmente volta a me atormentar.
Volto a escrever.
Volto a me perder na beleza da minha réplica de Pollock.
O prego amassado volta a me encantar, com sua magnitude e perfeição brutal.

É primavera.
Percebo a beleza das flores.
As minhas poesias estão cada vez mais belas.
Bebo chá observando aquele velho quadro a cima da lareira.
O velho e perfeito prego amassado me fascina mais que nunca

É verão.
O clima é quente.
Uso poucas roupas e minha inspiração começa a se despedir como as hortênsias no jardim.
O velho quadro começa a me irritar com sua efêmera iluminação amarelada, e o prego amassado começa a perder seu encanto.

Pedro Paulo

domingo, 26 de abril de 2009

A novidade

Sempre achei o mundo uma bosta.
Uma bosta cheia de pessoas fúteis e desprezíveis.

Mas um belo dia você me aparece.
Me falando sobre amor, filosofia, política, religião.
Me fala que tudo no mundo é efêmero,
que poucas coisas realmente importam.
Me conta que viver e deixar que vivam são coisas lindas e admiráveis, e que amar e ser amado são coisas que sempre tem que andar juntas, que ser feliz é sinônimo de viver.
Mostra-me filmes novos, diz que o capitalismo não seria tão ruim se houvesse miséria, me fala sobre hippies e anarquistas, diz que tudo é lindo, tudo é divino maravilhoso.


Me mostra um mondo novo...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Brancas Borboletas.

À noite procuro a lua,
a ela conto os meus segredos mais íntimos,
meus romances mais notáveis,
minhas loucuras memoráveis.

A ela peço.
Sem esperanças de ser atendido,
peço somente porque gosto de saber que alguém conhece os meus desejos.

Por fim, a lua canto.
Canto e me encanto com sua luz
que ilumina o sorriso e o balançar de uma pessoa que vive a me encantar.
Bailando como brancas borboletas em frias manhãs primaveris
sua dança me encanta.

Só me encanta mais o lindo luar
refletido no negro mar.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Lembranças.

Penso em coisas que queria lhe dizer.
Penso em nós.
Lembro do passado.
Aquela felicidade imensurável.
Aquele amor de "eternidade".

Hoje restam fotos e lembranças,
do que um dia foi um sentimento tão bonito.

Pedro Paulo.

Amor Platônico

Só vale a pena amar se for para ser amado.
Se não for correspondido. Acabe!

Pedro Paulo.

Um conto de amor.

Com o amanhecer, vejo em nós uma linda história de amor.
Uma história com fadas e dragões, uma que termine com um lindo beijo e narrador dizendo ... e foram felizes para sempre.

Mesmo sabendo que esse "para sempre" não iria durar realmente para sempre, seria perfeito nosso lindo conto de amor.

Pedro Paulo.

Viver, Amar e Sonhar.

Viver, Amar e Sonhar.

Três ideais belos e completamente insanos.
São as mais pesadas drogas
e juntas podem te levar a nirvana, ou até a morte por overdose.

Pedro Paulo.

Grandiosidade diária.

Cada dia deve ser grandioso, 
Como o seu primeiro dia foi.

Não por poder ser o último,
Mas por haver vida.

Pedro Paulo.

Manual.

Ao sair, feche a porta
Ao falar, abra a boca 
Ao pensar, cala-te
Ao imaginar, seja grande
Ao andar, cuidado
Ao amar, ...
Ao amar, AME!

Pedro Paulo.

Eterno enquanto dure.

O amor não tem que ser para sempre, 
Mas intensamente vivido enquanto saudável. 

Pedro Paulo.

Náufrago.

Escrevo e jogo ao mar minhas últimas esperanças de vida,
e com elas todo o meu amor,
Na esperança de que alguém de boa alma encontre
e me salve desse mar de solidão e infelicidade.
Pedro Paulo.